domingo, 2 de dezembro de 2012

Piaf - Um hino ao amor

O filme Piaf – Um hino ao amor (La môme) é um filme francês de 2007 dirigido por Oliver Dahan. O longa conta a difícil trajetória da cantora francesa Edith Piaf, passando por toda a sua vida.

A fotografia do filme, dirigida por Testsuo Nagata, mostra-se bastante eficaz em mostrar ao público os sentimentos vividos pela cantora. No início da trama, a iluminação sombria ilustra a difícil infância de Edith, que se passou durante a Primeira Guerra ao lado da mãe (Anetta), que cantava nas ruas e acabou deixando a filha para ser criada pela sua avó materna. Ao voltar da guerra, seu pai (Louis), a encontra com a saúde bastante fragilizada e a leva para ser criada pela sua avó paterna (Madame Louise), dona de um prostíbulo. Nesse cenário, a iluminação mostra-se num tom avermelhado, típico de prostíbulos e cabarés.



No prostíbulo da sua avó, Edith constrói uma grande amizade com Titine e com Jeanne, duas prostitutas. Nota-se que a sombra presente até então no filme é substituída pela claridade, mostrando que dias melhores estariam por vir.

Edith, Titine e Jeanne passam por ótimos momentos, até que a pequena Edith contrai uma inflamação na córnea (ceratite) e fica incapaz de enxergar. O filme, então, utiliza-se da neve para mostrar o sofrimento vivido por Edith naquela situação. Após um tempo, ela volta a enxergar novamente e a cena fica cheia de luz e de vida, representando novamente os sentimentos da menina e de todos que estavam ao seu redor.


Após alguns anos, o pai de Edith volta ao prostíbulo da sua mãe e pega a filha para ajuda-lo com o trabalho no circo. A iluminação presente no ambiente circense é bastante iluminada, deixando Edith encantada por tudo. Quando seu pai deixa o circo para trabalhar nas ruas, a iluminação torna-se novamente sombria e escura.



Aos 20 anos, Edith larga o pai e passa a cantar nas ruas com a ajuda da sua amiga Simone. Nessa fase, o comportamento boêmio da cantora é mostrado e atenuado pelos movimentos de câmera, nada convencionais. No filme, há a prevalência dos planos geral, conjunto, close-up e detalhe.

Até obter sucesso, Edith Piaf passou por vários bares e cabarés, lapidando seu talento e emocionando a todos com sua voz divina. No auge da sua carreira, o filme é repleto de luz e Edith é rodeada por grandes nomes do mundo da música francesa. A cantora passa por altos e baixos, possuindo uma saúde frágil, sendo agravada pelo consumo de drogas e álcool.


O longa também conta a linda e trágica história de amor entre Edith e o pugilista Marcel, que morreu em um acidente de avião ao ir encontra-la em Paris. Em memória à Marcel, Edith cantou a música Hymne à l'amour, que dá título ao filme.

Pode-se dizer, então, que em todo o filme, há o contraste entre a luz e a sombra, representando respectivamente os bons e os maus momentos vividos pela cantora.




terça-feira, 27 de novembro de 2012

O filme é uma declaração de amor à Paris. Conta a história de um roteirista de Hollywood que está passando férias com a família da noiva na Cidade Luz. Pelas ruas de Paris, Gil (Owen Wilson) busca inspiração para novos rumos em sua carreira: pretende tornar-se escritor. Numa mistura de realidade histórica com fantasia, Allen faz uma viagem à “Era de Ouro”, no séc. XX.
Caminhando bêbado pela cidade, Gil se perde. À meia noite ouve 12 baladas no relógio e vê parar à sua frente um Peugeot antigo. Embarca e vai parar numa festa para o cineasta francês Jean Cocteau, ouvindo Cole Porter tocar piano e numa roda de conversa com Scott e Zelda Fitzgerald, Ernest Hemingway, T.S. Eliot e outros grandes nomes.
Na essência, Allen defende que não adianta idealizar o passado, porque cada época tem suas belezas e desventuras. Faz crítica, ainda, à ostentação da arte; para o diretor, ela deve ser experimentada, sem “pseudointelectualismo”.
Mas o encaixe perfeito da história se dá através dos detalhes requintados e cuidadosamente pensados da cenografia e fotografia. A dupla Darius Khondji e Johanne Debas foi responsável pelo trabalho fotográfico fantástico que a obra apresenta.
Os diretores conseguiram captar as belezas de Paris com seu próprio clima, o que casa perfeitamente com o roteiro; em determinado momento os personagens se perguntam se a capital francesa é mais bonita de dia ou de noite. Sem dúvidas o espectador ficou com o mesmo questionamento em mente, especialmente pelo capricho de Khondji.
A abertura filmada com cores à beira da saturação mostra uma Paris viva, alegre, convidativa, sem cair no cliché, mesmo exibindo pontos turísticos amplamente conhecidos. Neste momento a trilha requintada nos faz literalmente viajar pelas belas ruas e arquitetura histórica da cidade; o romantismo é tanto que quase dá pra sentir um perfume delicado completando a sequência extasiante das imagens.
A fotografia de Darius Khondji e Johanne Debas propicia uma percepção visual de cada um dos tempos narrativos; as viagens no tempo foram filmadas em noturna, com ambientes escuros, mas de forma que não ficasse impossível reconhecer os atores e os objetos de cena, e que desse, simultaneamente, a sensação de passagem do tempo, pois não usa truques de montagem pra sinalizar isso.
Assim, a história passa da Paris no presente, fortemente iluminada – muitas cenas externas com exploração de luz natural – para um sépia que remete à “Era do Ouro” e, posteriormente, mais uma passagem de tempo para uma “Belle Époque” amarronzada e com filtro de imagem. Vale ressaltar a direção de arte de Anne Seibel que vai do contemporâneo para o rebuscado das décadas passadas.
Os planos são predominantemente geral, médio e conjunto, utilizando alguns em detalhe para destacar objetos de cena. A duração dos planos também transmite a sensação de movimento interno em cada época.
A fotografia de “Meia Noite em Paris” enaltece as belezas da cidade, tanto em seu aspecto natural, no que tange ao clima e à natureza, quanto no aspecto histórico e cultural/artístico que carrega em cada rua e prédio. Faz-nos sentir, literalmente, o prazer do conhecimento e a satisfação de experimentar a arte.

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

 Para a captura da fotografia, foi utilizada uma iluminação artificial, quente e pontual com um refletor backlight do tipo Fresnel posicionado acima da modelo. Dessa forma, o guarda-chuva foi destacado e serviu de difusor da luz, deixando a modelo menos iluminada, porém, com o contorno bem definido. A fotografia foi retirada de um ângulo contrapicado, ou seja, de baixo para cima.


Para esta fotografia, utilizamos um refletor fill light do tipo Fresnel. O objetivo da foto era mostrar o caminho que a luz percorre para chegar à modelo. Com uma iluminação quente e pontual, a fotografia foi retirada à diagonal da fonte de luz.


A iluminação utilizada nesta fotografia foi feita com um Fresnel, que colocado na posição superior em relação ao objeto e apontado para baixo produziu a iluminação a pino, sendo esta também uma iluminação pontual e quente.  A fonte de luz foi colocada na parte frontal do objeto (de frente para a modelo), atenuada com as aletas do próprio equipamento, e a fotografia registrada em diagonal à fonte luminosa, levemente em plongée.



A iluminação utilizada nesta fotografia foi feita com três fresneis, compondo os três pontos básicos da iluminação: key light, backlight e fill light.  A luz principal colocada incidindo à direita; o contraluz direcionado para as costas - nuca e ombros – da modelo; e a luz de preenchimento posicionada à esquerda. A fotografia registrada horizontalmente ao objeto, na parte frontal.

terça-feira, 9 de outubro de 2012






Imagens obtidas com luz artificial e natural. A primeira imagem simula uma luz artificial sem filtros. Na segunda imagem temos uma iluminação natural com uma única fonte de luz vinda de um dos lados. A terceira foto apresenta uma iluminação artificial com temperatura mais fria, portanto um tom mais azulado por causa do filtro de correção azul. Na última foto temos uma luz quente e avermelhada por causa do filtro âmbar.

segunda-feira, 8 de outubro de 2012




Este ensaio foi feio com uma das peças que mais tenho afeto na decoração do meu quarto. Como eu, uma bailarina. A coloquei em um cômodo da casa onde eu pudesse ter o maior nível de blackout possível, mas como podem observar, não consegui obter 100% de escuridão.
Tive a ideia do blackout inspirada pelo teatro, queria um ar de espetáculo, um solo da bailarina fotografada.
O detalhe é que todas as fotos foram feitas e iluminadas basicamente por celulares. Utilizei um celular para fotografar, outro idêntico para iluminar através da lanterna deste, além de um feixe de luz negra proveniente de um chaveiro, isso mesmo, somente elementos pouco utilizados no ramo da iluminação.
Para a primeira fotografia, utilizei apenas a lanterna do celular no topo do objeto em questão, resultando em uma luz a pino, semelhante a iluminação individual do teatro. Já na segunda, posicionei a lanterna abaixo da saia da bailarina e completei a iluminação posicionando o feixe de luz negra em frente. Não sei bem como chamar este último tipo de iluminação, se é que possui um nome...
Por fim, coloquei a lanterna na lateral do objeto, resultando em um efeito sombreado e no meu objetivo: obter uma iluminação de modo a dar um ar de mistério na bailarina. 


sexta-feira, 14 de setembro de 2012





Essas três imagens foram registradas através de uma câmera fotográfica SONY.
A primeira fotografia é resultado de uma fonte de luz localizada por trás do objeto. No caso, o objeto foi posicionado no centro do vitral de uma porta.
Na segunda fotografia, foi utilizada uma fonte de luz quente alinhada ao objeto.
Já na terceira fotografia, uma lanterna convencional foi utilizada para fazer a iluminação, sendo posicionada na diagonal do objeto.

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Ensaio Luz e sombra

Fotografias registradas através da câmera do iPhone 4, utilizando iluminação artificial, pontual e branca. Na primeira imagem, a fonte de luz foi colocada em posição superior ao objeto - a pino-, em diagonal da direita pra esquerda, iluminando a parte frontal; a fotografia em plongée. A segunda, a fonte de luz também em cima do objeto, desta vez em diagonal da esquerda para a direita; a imagem registrada na diagonal em relação ao objeto, da direita para a esquerda. Na última imagem a fonte de luz foi posicionada perpendicular ao objeto, na diagonal da esquerda para a direita; a fotografia registrada em ângulo um pouco acima da linha horizontal, na diagonal em relação ao objeto da direita para a esquerda.